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10 anos de GEDMMA

      O Grupo de Estudos Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente – GEDMMA – completa em 2015 uma década de existência, com muito a ser comemorado por todas e todos que integram esse coletivo de pesquisadoras e pesquisadores, que dedicam suas vidas militantes e acadêmicas à construção de alternativas ao modelo hegemônico de desenvolvimento que destrói modos e sonhos de vida de diversos grupos e comunidades. Dessa forma, buscamos sempre integrar a pesquisa acadêmica rigorosa ao saber e ao fazer de povos e comunidades tradicionais.
      Vinculado ao Departamento de Sociologia e Antropologia (DESOC), ao Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc) e ao Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas (PPGPP), da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o GEDMMA tem congregado pesquisadoras e pesquisadores de vários campos do conhecimento, como Sociologia, Antropologia, Geografia, História, Serviço Social, Economia, Filosofia, Biologia, Letras, Direito.
      Através de parcerias com associações de moradores e moradoras de comunidades rurais, ONG, movimentos sociais, pastorais sociais e sindicatos que têm como foco a defesa dos territórios livres para o bem viver de comunidades e povos tradicionais, o grupo vem produzindo relatórios, peças técnicas, materiais acadêmicos que destacam os conflitos existentes em várias comunidades de São Luís e do Maranhão.
      Desde sua formação inicial o GEDMMA atua junto às comunidades na luta pelo território ancestralmente construído e pela criação da RESEX de Tauá-Mirim, formada por 12 comunidades rurais da Grande Ilha do Maranhão, além de atuar junto a grupos de atingidos pelo Programa Grande Carajás e seus desdobramentos, pesquisando e apoiando comunidades ao longo da Estrada de Ferro Carajás, no Maranhão. 
      O GEDMMA surgiu das inquietações de jovens graduandos decorrentes da tentativa de implantação de um Complexo Siderúrgico em São Luís e da falta de iniciativas acadêmicas militantes e sem falsas imparcialidades, no ano de 2004, que impactaria não só as comunidades da Zona Rural II da capital, como toda a população ludovicense.
     Em 2009, como  primeiro  resultado  editorial  do  grupo,  foi  publicado o livro “Ecos dos conflitos socioambientais: a RESEX de Tauá-Mirim”, pela EDUFMA, fruto das pesquisas do grupo, e lançado em 2010 na comunidade Rio dos Cachorros com ampla participação de moradores da zona rural de São Luís e diversos outros grupos e movimentos. Momento ímpar de integração entre pesquisadoras e pesquisadores com sua base de pesquisa, de muita troca de conhecimentos agregados a quem o grupo dedica todas as suas pesquisas, pois, não haveria pesquisas sem a recíproca confiança e coautoria construída ao longo desses 10 anos de GEDMMA.
      Como desdobramento de todas essas  atividades,  entre  os anos de 2013 e 2014 o grupo participou ativamente da organização do Seminário Internacional Carajás 30 Anos. A partir de 2015, além das pesquisas e da assessoria prestada às comunidades, o grupo firmou parceria com a Universidade de Cabo Verde (UniCV), dando um passo inicial para a compreensão e correlação dos conflitos vivenciados no Maranhão e em Cabo Verde.
      Através de diversos projetos de pesquisa e extensão, financiados pela CAPES, CNPq e FAPEMA, o grupo vem conquistando prêmios que revelam a excelência desses trabalhos, resultantes do processo contínuo de formação acadêmica engajada dos seus pesquisadores e pesquisadoras.
      Sempre junto às comunidades, o GEDMMA, em seus 10 anos, comemora muitas conquistas, como a criação autônoma da RESEX de Tauá-Mirim pelas comunidades rurais que a integram. Tais comunidades continuam a lutar pelo reconhecimento da RESEX e consequentemente pela garantia de seus direitos junto aos órgãos oficiais.
      Os avanços e as sínteses acadêmicas, os saberes de povos e comunidades que se inseriram no GEDMMA são periodicamente postos ao diálogo mais amplo e aberto nos Seminários: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (SEDMMA), que por ocasião do decênio comemorativo, celebra sua quarta edição, agora de caráter nacional, nos dias 11 a 13 de novembro de 2015.
      A luta é grande, ininterrupta, e não desistiremos dela! Pelo Bem Viver e manutenção da vida dessas e de tantas mais comunidades impactadas pela expansão do capital ao seu entorno.

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